Denúncia de superlotação em cadeia leva Conselho de Justiça a Jataí (GO)

Membros do CNJ visitaram o presídio e conversaram com os detentos.
Com capacidade para 45 presos, cadeia abriga mais de 220 homens.

Seria Cômico se não fosse Trágico (ilustração)

Membros do Conselho Nacional de Políticas Criminais e Penitenciárias, do Ministério da Justiça, fizeram uma vistoria nas instalações do presídio de Jataí,  na tarde desta terça-feira (6). A inspeção ocorre após denúncias de superlotação no local. Com capacidade para 45 presos, atualmente a cadeia abriga mais de 220 detentos.

A visita durou cerca de 2 horas. Os conselheiros analisaram as instalações do prédio e as condições de vida da população carcerária. A comissão passou pelas 24 celas do presídio e conversou com os reeducandos. O próximo passo é fazer um relatório e encaminhá-lo ao governo de Goiás.

Ainda sem conhecer o teor do relatório, pois o documento só deve ficar pronto na quarta-feira (7), o presidente da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (Agsep), Edemundo Dias, admite que a situação do presídio, de superpopulação e estrutura deficiente é preocupante. "Reconhecemos que é grave, mas estamos buscando solução".

Para minimizar o problema, Edemundo informa soluções adotadas até o momento: "Eu solicitei ao governador autorização para contratação emergencial de 300 vigilantes prisionais temporários (VPT) e autorizou o pagamento de horas extras para compensar a falta de pessoal", explicou.

Contratações 

As 300 contratações seriam para todo o estado. Desses, apenas oito VPTs atenderiam o Presídio Regional de Jataí. As medidas paliativas vão valer até a realização de concurso público para agentes e técnicos penitenciários.

Em relação à estrutura, o presidente da Agsep diz não ter uma solução a curto prazo. Segundo Edemundo, foi feito um pedido de doação de uma área, ao prefeito da cidade, para a construção de um novo presídio, o que depende ainda da disponibilidade de recursos financeiros.

Uma das opções seria distribuir os detentos entre as unidades da região. Mas, para isso, Edemundo diz precisar de autorização da Justiça.

 Fonte/G1 GO

Adaptações/Saulo Prado