Vera Lúcia Carvalho, 52, sepultou ontem os corpos da filha e dos dois netos. A filha e os netos dela foram mortos em um atentado, na noite da última sexta-feira (21), no Residencial Buena Vista II, em Goiânia. Lorena Carvalho Romeiro, 23, e os dois filhos Gabriel, de 8 anos, e Rafael, de 6, foram mortos em casa, na Rua Osmar Rodrigues, próximo à saída para Guapó. A polícia acredita que o crime tenha sido cometido por pistolagem e tenha motivação passional.
Cerca de 22h, dois homens teriam chegado até a porta da casa em uma moto, descido do veículo e invadido o imóvel. Lorena foi morta com quatro tiros à distância e os dois meninos foram mortos à queima-roupa. Isso quer dizer que foram mortos com disparos efetuados a menos de 30 centímetros do alvo.
Gabriel foi alvejado de cima para baixo, segundo laudo da autópsia. O projétil atravessou a cabeça e saiu pela face. Depois a bala, ainda não identificada por um exame de balística, atingiu o ombro do menino, que morreu antes de receber atendimento médico. O irmão, Rafael, 6 anos, foi executado com um tiro no meio da testa, acima dos olhos.
Vera Lúcia esteve na manhã de ontem no Instituto Médico de Goiânia (IML) para reconhecer os corpos e passar por todo o procedimento legal para a retirada dos corpos. Impaciente, ela chorava a todo momento. Não conseguia, em certos momentos, ficar em pé, por isso estava acompanhada por parentes.
"Eles estavam comigo momentos antes de tudo", conta a avó, que não se conforma com o acontecido. Segundo ela, horas antes de morrerem, os netos foram com ela a uma feira, no setor onde moravam. "Comemos pastéis, eles brincaram na cama elástica, passeamos e nos divertimos. Agora eu venho buscar eles e a mãe no IML", lamenta.
Desesperada e sem chão, como ela mesma se definiu, disse acreditar que os meninos foram mortos porque podem ter tentado defender a mãe. Ela acredita que o assassino matou por medo deles contarem quem tinha matado Lorena. "Eles contariam tudo, com certeza."
Ela diz que, se não fossem mortos, os meninos iriam correr até sua casa e chamar por socorro. Aos prantos, ela conta que os meninos eram inteligentes demais para saber chamar ajuda ao notarem o risco. "Se pudessem iriam até minha casa. Mas o bandido foi mais rápido e matou meus netos."
INVESTIGAÇÃO
Segundo a Polícia Civil, a chacina poderia ter sido motivada por tráfico de drogas. A titular da Delegacia de Investigações em Homicídios de Goiânia (DIH) disse que tem três suspeitos de terem cometido os crimes. Segundo ela, na feira em que a avó levou as crianças ocorreu uma briga entre duas facções rivais.
Na briga, integrantes de uma facção teriam feito ameaças de morte aos da outra. Segundo ela, Lorena teria retornado para casa com as crianças acompanhada de três amigos. A delegada ressaltou que um menor de 16 anos e outro, Leonardo Oliveira, 18, foram identificados pela polícia.
A delegada ressalta que no final da tarde de ontem já tinha os nomes dos dois autores do triplo homicídio, triplamente qualificado, por não ter dado chance de defesa às vítimas e por duas delas serem menores de idade. Adriana Ribeiro de Barros preferiu não divulgar nomes, para que as investigações não fossem atrapalhadas.
O menor de 16 anos, que se feriu, e Leonardo Oliveira, de 18, foram encaminhados ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) pelo Corpo de Bombeiros. Durante a tarde, o hospital divulgou que o menor passou pelo Centro Cirúrgico para retirada de projétil no pescoço e disse que Leonardo passa bem na enfermaria. Ambos não correm risco de morte, segundo informações do Centro Clínico.
Cerca de 22h, dois homens teriam chegado até a porta da casa em uma moto, descido do veículo e invadido o imóvel. Lorena foi morta com quatro tiros à distância e os dois meninos foram mortos à queima-roupa. Isso quer dizer que foram mortos com disparos efetuados a menos de 30 centímetros do alvo.
Gabriel foi alvejado de cima para baixo, segundo laudo da autópsia. O projétil atravessou a cabeça e saiu pela face. Depois a bala, ainda não identificada por um exame de balística, atingiu o ombro do menino, que morreu antes de receber atendimento médico. O irmão, Rafael, 6 anos, foi executado com um tiro no meio da testa, acima dos olhos.
Vera Lúcia esteve na manhã de ontem no Instituto Médico de Goiânia (IML) para reconhecer os corpos e passar por todo o procedimento legal para a retirada dos corpos. Impaciente, ela chorava a todo momento. Não conseguia, em certos momentos, ficar em pé, por isso estava acompanhada por parentes.
"Eles estavam comigo momentos antes de tudo", conta a avó, que não se conforma com o acontecido. Segundo ela, horas antes de morrerem, os netos foram com ela a uma feira, no setor onde moravam. "Comemos pastéis, eles brincaram na cama elástica, passeamos e nos divertimos. Agora eu venho buscar eles e a mãe no IML", lamenta.
Desesperada e sem chão, como ela mesma se definiu, disse acreditar que os meninos foram mortos porque podem ter tentado defender a mãe. Ela acredita que o assassino matou por medo deles contarem quem tinha matado Lorena. "Eles contariam tudo, com certeza."
Ela diz que, se não fossem mortos, os meninos iriam correr até sua casa e chamar por socorro. Aos prantos, ela conta que os meninos eram inteligentes demais para saber chamar ajuda ao notarem o risco. "Se pudessem iriam até minha casa. Mas o bandido foi mais rápido e matou meus netos."
INVESTIGAÇÃO
Segundo a Polícia Civil, a chacina poderia ter sido motivada por tráfico de drogas. A titular da Delegacia de Investigações em Homicídios de Goiânia (DIH) disse que tem três suspeitos de terem cometido os crimes. Segundo ela, na feira em que a avó levou as crianças ocorreu uma briga entre duas facções rivais.
Na briga, integrantes de uma facção teriam feito ameaças de morte aos da outra. Segundo ela, Lorena teria retornado para casa com as crianças acompanhada de três amigos. A delegada ressaltou que um menor de 16 anos e outro, Leonardo Oliveira, 18, foram identificados pela polícia.
A delegada ressalta que no final da tarde de ontem já tinha os nomes dos dois autores do triplo homicídio, triplamente qualificado, por não ter dado chance de defesa às vítimas e por duas delas serem menores de idade. Adriana Ribeiro de Barros preferiu não divulgar nomes, para que as investigações não fossem atrapalhadas.
O menor de 16 anos, que se feriu, e Leonardo Oliveira, de 18, foram encaminhados ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) pelo Corpo de Bombeiros. Durante a tarde, o hospital divulgou que o menor passou pelo Centro Cirúrgico para retirada de projétil no pescoço e disse que Leonardo passa bem na enfermaria. Ambos não correm risco de morte, segundo informações do Centro Clínico.
Menor envolvido no crime se entrega
Atentado matou mulher e duas crianças no Setor Buena Vista. Adolescente disse ter ajudado os autores
23 de outubro de 2011 (domingo)
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Rafael e Gabriel, assassinados junto com Lorena (abaixo) |
Um adolescente de 17 anos se entregou à polícia na tarde deste domingo (23), a quem confessou ter participado da execução do triplo homicídio cometido na última sexta-feira 21, no Setor Buena Vista I. O menor afirmou ter dado cobertura aos outros dois suspeitos durante o crime que terminou com a morte de Lorena Carvalho Romeiro, 23 anos, e das crianças, Gabriel, 8 anos, e Rafael, 6, ambos filhos da mulher. Ele foi levado à Delegacia de Homicídio onde prestou depoimento.
Segundo a Polícia Militar (PM) um tio do menor entrou em contato com um amigo policial e disse que o rapaz queria se entregar. Uma viatura foi à casa do jovem, onde o adolescente se entregou voluntariamente. Segundo o depoimento dele, o crime foi motivado pela briga ocorrida na feira do Setor Buena Vista I. O jovem alegou ter sido ameaçado por Leonardo de Oliveira, 18 anos, um dos sobreviventes do crime. Na versão do menor à polícia, após a briga ele procurou os outros dois suspeitos, que já teriam intenção de cometer o homicídio, possivelmente por disputas por território de vendas de drogas. O adolescente contou que ficou do lado de fora da casa e correu ao ouvir os disparos. Ele negou envolvimento com o tráfico e disse que não sabia que Lorena e as crianças seriam executadas. Ao saber do crime pelos jornais, decidiu se entregar. Ele foi encaminhado à Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai). Na ficha do rapaz consta uma apreensão por briga em escola.
Fonte/Mais Goiás e Goiasnet
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