Segundo a polícia, homem morto em cela tinha sinais de
agressões. Ele foi preso após manter um menino de 3 anos refém por
4h30, em Jataí.
Gabriela Lima Do G1 GO
A morte de Aderson Rodrigues Lima, de 47 anos, em uma cela
do Centro de Inserção Social de Jataí, no sudoeste de Goiás, trata-se de um
homicídio, informou ao G1 neste domingo (10) o delegado regional André
Fernandes, descartando um suposto suicídio. O homem, preso na sexta-feira (8)
por sequestrar de um menino de 3 anos, foi encontrado morto no início da tarde
desse sábado (9).
O sequestrador estava em uma cela com mais 18 presos. Os colegas
de carceragem chamaram os agentes penitenciários quando ele já estava morto e
apresentaram a tese de suicídio. Mas, de acordo com o delegado, com base em
informações preliminares da perícia, ele tinha sinais de agressões, como uma
forte pancada na cabeça e um pequeno corte no pescoço.
O corpo de Aderson estava pendurado em uma viga, amarrado
por uma corda de tecido no pescoço, relatou a polícia. "Vamos instaurar um
inquérito para investigar o homicídio", assegurou André Fernandes.
Desde sábado, a versão apresentada pelos presos levantou
suspeitas. “É muito estranho que ninguém tenha visto Aderson se matar, pois
havia outras 18 pessoas em uma cela pequena”, disse ao G1, no sábado, a
delegada Paula Daniela Ruza.
A assessoria da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal
(Agsep) afirmou ao G1 que espera o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para
se pronunciar. Informou também que, paralelamente ao trabalho da perícia, abriu
uma sindicância para apurar os fatos e, caso a tese de suicídio não seja
comprovada, tomará as providências cabíveis.
O laudo da perícia só deve ser divulgado em dez dias.
Enquanto isso, na próxima quarta-feira (13), a delegada Paula Ruza vai
interrogar os detentos que estavam na cela com a vítima.
O corpo de Anderson está no IML da cidade. A Polícia Civil não conseguiu entrar em
contato com nenhum parente dele, que é natural de Posse, na região norte de
Goiás. A delegada informou que, recentemente, ele teria fugido de uma clínica
de reabilitação de Jataí, pois era usuário de drogas.
Sequestro
O sequestro do menino de 3 anos, no Terminal Rodoviário de
Jataí, comeveu a cidade. Por volta das 7h de sexta-feira (8), Aderson Silva
pegou o garoto, que estava com a avó esperando um ônibus, e o manteve refém por
4h30.
Avó e neto saíram de Uberaba, em Minas Gerais, e seguiam
para Cassilândia, no Mato Grosso do Sul. Aflita, a avó acompanhou tudo de
perto.
O comandante Wagmar Franco afirmou que o homem estava
drogado. “Tudo leva a crer que ele tinha consumido crack. Ele teve momentos de
alucinação característicos de quem usa essa droga. Tivemos que ter muito
cuidado durante o tempo todo devido ao estado dele”, explicou Franco.
O sequestrador manteve a criança no colo o tempo todo em que
esteve com ela. O homem ameaçava cortar o pescoço do menino com uma faca. De
acordo com informações da polícia, a criança chorava bastante nas primeiras
horas do sequestro, e Aderson a assustava ainda mais mandando-a calar a boca,
contaram os policiais.
A PM teve de isolar o local. O embarque e desembarque de
passageiros foi transferido para outra parte do terminal rodoviário. Por volta
de 11h, um helicóptero do Corpo de Bombeiros chegou a Jataí com homens do GT3 e
cinco atiradores de elite. Junto com o grupo, viajou um coronel que é
negociador da Secretaria de Segurança Pública de Goiás. Meia hora depois, o
sequestrador foi imobilizado por uma arma de choque e a criança liberada (veja
vídeo ao lado). Ninguem ficou ferido.
Estupro
Uma mulher de 26 anos procurou a delegacia de Jataí após ver
as imagens do sequestro do menino e reconhecer Aderson. Segundo ela, o homem
teria tentado estuprá-la há dez dias. “Não cedi, daí ele começou a apedrejar
meu rosto, por todas as partes. Me machucou muito, cortou meu rosto”, relatou a
suposta vítima.
Adaptações/Saulo Prado
Videos e fotos/Plantão de Policia JTI
Fonte/G1
Em cada reportagem, a idade do sujeito ta diferente!
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