O acidente do Helicóptero que auxiliava na reconstituição da chacina de Doverlândia é destaque nos principais jornais de Goiás e do Brasil.
O Popular um dos principais jornais do estado, trás na capa a matéria; “Um crime, 2 tragédias e 15 mortos”.
Equipe de resgate no local onde helicóptero Koala da Polícia Civil caiu ontem à tarde |
Wallace Ferreira
A maior chacina registrada em Goiás e que ocasiona um dos maiores traumas da história da polícia goiana faz lembrar entidades terríveis da mitologia grega. As Erínias – Tisífone, Megera e Alecto – representavam o castigo e o rancor intermináveis. Elas eram incumbidas de punir os mortais e promover a vingança, sobretudo quanto a crimes em que sangue houvesse sido derramado. Era uma punição ao livre arbítrio da maldade humana e à fatalidade do destino tecido pelos deuses. Em ambos os casos, não havia perdão ou misericórdia. Quando Truman Capote escreveu o clássico A Sangue Frio, ele descreveu os assassinos de toda uma família na zona rural do Kansas – algo semelhante ao que ocorreu em Doverlândia – como homens que não tiveram essa misericórdia para com suas vítimas ao dar vazão à desrazão. No livro, baseado em um atroz fato real, tenta-se entender o que motiva uma pessoa a disseminar desastres sobre quem nem conhece. Não há uma conclusão e sim um sentimento de impotência diante do inexplicável, do irreconhecível.
A maior chacina registrada em Goiás e que ocasiona um dos maiores traumas da história da polícia goiana faz lembrar entidades terríveis da mitologia grega. As Erínias – Tisífone, Megera e Alecto – representavam o castigo e o rancor intermináveis. Elas eram incumbidas de punir os mortais e promover a vingança, sobretudo quanto a crimes em que sangue houvesse sido derramado. Era uma punição ao livre arbítrio da maldade humana e à fatalidade do destino tecido pelos deuses. Em ambos os casos, não havia perdão ou misericórdia. Quando Truman Capote escreveu o clássico A Sangue Frio, ele descreveu os assassinos de toda uma família na zona rural do Kansas – algo semelhante ao que ocorreu em Doverlândia – como homens que não tiveram essa misericórdia para com suas vítimas ao dar vazão à desrazão. No livro, baseado em um atroz fato real, tenta-se entender o que motiva uma pessoa a disseminar desastres sobre quem nem conhece. Não há uma conclusão e sim um sentimento de impotência diante do inexplicável, do irreconhecível.
Aparecido vai entrar na triste história dos homens que não aplacaram suas fúrias, que não mediram seus desastres, que não foram perdoados pelo destino. As pessoas que acabaram vitimadas por força tão descomunal – que surge quando menos esperamos, onde menos suspeitamos e atingem quem sabemos que não merece – também estiveram impotentes, na maldade e na fatalidade que alçaram o jovem a protagonista de duas imensas tragédias, de dois enormes desastres. Não há como explicar o imponderável, não há como se defender do imprevisível, não há como compreender algo que está além de qualquer justificativa. Em um de seus trabalhos mais geniais, o escritor Henry James diz que o mal a uma criança só é pior quando cometido contra duas crianças porque, assim, duplica-se um horror que já é indizível. No caso de Aparecido, à chacina de sete pessoas seguiu-se a morte de mais sete e de sua própria. Ao ignóbil somou-se o impensável. Quantos desastres podem haver em uma única mão?
É muito provável, mas muito mesmo,que em um vacilo dos policiais, o assassino A. Alves tenha derrubado o helicóptero, puxando, quebrando ou desligando qualquer dispositivo. Para ele, diante das circunstâncias, a morte seria um alívio e a viagem de helicóptero, uma das raras oportunidades.
ResponderExcluirRealmente Carlos tenho policiais civis competentíssimos na familia e que por ironia do destino essas vítimas caíram na malha fina da bandidagem seja por descuido ou bondade o fato é que ficamos orfãos a sociedade e a policia civil pelas perdas irrevelantes que ocorreram nessa tragédia inexplicável.Deus vai conduzir à elucidadção dos fatos com certeza. NAILDE LUZIÂNIA-GO
ResponderExcluirO A. Alves não tinha qualquer antecedente criminal. Ninguém fica bandido assim sem mais e nem menos. Para um jovem como ele fazer a chacina que fez, tem que haver um motivo muito sério. Eu acredito em motivos passionais; alguma coisa que sequer sua mãe sabia o que poderia até mesmo ilustrar o terrível estupro do cadáver de uma visitante. Não saberemos jamais, o que motivou; ele não confessou, mas se tivesse feito isso, tudo também estaria perdido
ExcluirNailde... todos sentimos quando perdemos entes queridos. Essa tragédia foi muito dolorosa, no entanto o A. Alves não tinha nenhum antecedente criminal e ninguém fica bandido de uma hora para outra. Eu acredito que a primeira chacina foi motivada por razões passionais. Havia alguma coisa muito grave que sequer a mãe de A. Alves sabia. Foi uma vingança e talvez isso possa sugerir uma explicação para o nojento estupro do cadáver da moça visitante. O segredo de tudo ele levou consigo e mesmo que tenha dito aos policiais, tudo se perdeu na queda da aeronave
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